Foto: Divulgação
O BRT (Bus Rapid Transit) é um sistema de transporte coletivo baseado em corredores exclusivos para ônibus de alta capacidade. Implementado em Curitiba em 1974, ele tornou-se um modelo de mobilidade urbana reconhecido mundialmente. Além de transportar 65% dos passageiros do transporte coletivo da cidade, o BRT promoveu desenvolvimento econômico e planejamento urbano ao seu redor. Segundo o prefeito Rafael Greca, o sistema “não apenas criou um eixo de passagem para os ônibus, mas também transformou a cidade em uma referência global”.
Como o BRT evoluiu ao longo dos últimos 50 anos?
Desde sua inauguração, o sistema cresceu de 20 para 84 quilômetros de corredores exclusivos. Curitiba foi pioneira ao implementar o conceito atual de BRT, que inclui ônibus biarticulados, embarque em nível, cobrança antecipada de tarifa e operação em canaletas exclusivas. Atualmente, o BRT de Curitiba serve como inspiração para mais de 190 cidades em todo o mundo, transportando 31,6 milhões de passageiros por dia.
Quais inovações recentes o sistema incorporou?
Nos últimos anos, o BRT ganhou melhorias significativas, como o uso dos ônibus “Ligeirões”, que têm menos paradas e oferecem maior velocidade nas canaletas. Por exemplo, a linha Ligeirão Norte/Sul, com 19 quilômetros de extensão, reduziu o tempo de deslocamento em 15 minutos, beneficiando cerca de 35 mil passageiros por dia. Além disso, o sistema está em transição para uma frota elétrica, começando com testes de um biarticulado elétrico em 2025.
Como a eletrificação da frota contribui para o meio ambiente?
A transição para ônibus elétricos é parte do compromisso de Curitiba com a redução de emissões de CO2. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 por ano, o equivalente ao plantio de 847 árvores. A cidade planeja eletrificar 33% da frota até 2033 e alcançar 100% de veículos elétricos até 2050, alinhando-se ao PlanClima, o plano climático de Curitiba.
Quais são os próximos passos para o BRT de Curitiba?
Atualmente, o BRT Leste/Oeste está em fase de construção e incluirá uma frota elétrica, trazendo ainda mais economia de tempo e sustentabilidade ao sistema. Além disso, estão previstos investimentos de R$ 380 milhões para expandir a frota elétrica e modernizar ainda mais o sistema.
Por que o BRT de Curitiba é considerado um modelo global?
O sucesso do BRT está na sua flexibilidade, custo acessível e eficiência na melhoria da mobilidade urbana. Desde sua criação, ele representa uma solução inteligente para os desafios de deslocamento nas cidades. Como afirma Angelo Gulin, presidente do Conselho da CWBUS, “o BRT é uma conquista histórica que continua a evoluir, reafirmando Curitiba como um centro de inovação em mobilidade urbana”.
Quais os impactos econômicos e sociais do BRT na cidade?
Além de melhorar a mobilidade, o BRT transformou áreas ao longo de seus corredores em polos de desenvolvimento econômico. Reduziu o tráfego, diminuiu as emissões de gases de efeito estufa e aumentou a qualidade de vida dos moradores, tornando-se um elemento central no planejamento urbano de Curitiba.