Foto: CBMPR
A incidência de incêndios florestais no Paraná caiu 57% na primeira quinzena de outubro, com 481 ocorrências, em comparação às 1.121 registradas no mesmo período em setembro.
Que fatores contribuíram para essa redução?
A redução no número de incêndios foi auxiliada por chuvas dispersas, que ajudaram a controlar as chamas. Historicamente, outubro é um mês com maior umidade no estado, contribuindo para a diminuição dos incêndios.
Quais foram os dados apresentados na reunião entre as autoridades?
No dia 17 de outubro, representantes do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), Defesa Civil, Simepar, e Instituto Água e Terra (IAT) se reuniram virtualmente para avaliar a situação e analisar dados dos últimos 20 dias, além de comparativos mensais. Neste ano, foram contabilizadas 12.808 ocorrências de incêndios, o dobro em relação a 2023 e quase o triplo em relação a 2022.
Quais são as projeções para o clima nos próximos meses?
O meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, informou que as chuvas devem ser mais frequentes durante a primavera e o início do verão, adiando a expectativa de uma seca acentuada. As condições de chuvas irregulares devem continuar até o primeiro trimestre de 2025, com previsões de chuvas próximas da média histórica.
Qual foi a resposta do governo diante da situação de emergência?
Em resposta às condições climáticas adversas, o governador Ratinho Junior decretou situação de emergência no início de setembro. O governo anunciou um investimento de R$ 24 milhões em uma força-tarefa para combate a incêndios, incluindo a compra de equipamentos, contratação de aeronaves e treinamento de 600 brigadistas em 100 municípios.
Que desafios ainda permanecem na luta contra incêndios florestais?
Apesar da recente redução no número de incêndios, a Defesa Civil alertou para a continuidade da estiagem moderada, que dura há quatro meses. A atuação de massas de ar seco e quente alterou o clima, ocasionando altas temperaturas e contribuindo para a seca, o que pode dificultar os esforços futuros de controle de incêndios.
Qual foi o impacto da estiagem e das altas temperaturas nos últimos meses?
O Simepar relatou que o Paraná teve o inverno mais quente em quase três décadas. Os meses de outono e inverno apresentaram níveis de precipitação abaixo da média histórica, resultando em dias de altas temperaturas e agravando as condições de seca nas regiões.