Jornal do Povo Paraná

Lembra do fenômeno “nem-nem”? Como estão os jovens que nem estudam e nem trabalham em 2024?

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Jovens que não estudam nem trabalham: esses são os nem-nem!

Em agosto de 2024, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que os “nem-nem”, jovens que não trabalham nem estudam, continuam sendo uma realidade preocupante. A taxa global de desemprego entre jovens é de 13%, o menor patamar desde 2009. Porém, no Brasil, o cenário para jovens sem experiência é menos alarmante.

Como estão os jovens no Brasil em 2024?

Dos jovens brasileiros, 17% têm até 24 anos, representando 34 milhões de pessoas, das quais 14 milhões afirmaram ter uma ocupação no primeiro trimestre de 2024, conforme a pesquisa mais recente do Ministério do Trabalho e Emprego.

Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, destaca: “45% dos jovens começam suas carreiras informalmente, principalmente em micro e pequenas empresas, muitos como aprendizes”.

Quais os desafios do primeiro emprego?

Para Karina, os jovens que entram cedo no mercado de trabalho como aprendizes enfrentam obstáculos, já que empregadores podem ter dúvidas sobre seu desempenho ou interesse nas funções. Esse é um momento de descoberta para o jovem:

“É um momento de experimentar o mercado, de descobrir qual caminho seguir na carreira profissional.”

Qual o verdadeiro crescimento de aprendizes e estagiários?

Um dado positivo da pesquisa é o crescimento no número de jovens aprendizes, que aumentou em 100 mil entre 2022 e 2024, totalizando 602 mil aprendizes em abril de 2024. Além disso, o número de estagiários também subiu de 642 mil em 2023 para 877 mil em 2024.

Qual o papel das empresas no desenvolvimento dos jovens?

Segundo Karina Pelanda, as empresas precisam ser mais sensíveis aos desafios enfrentados pelos jovens, principalmente aqueles que tentam equilibrar trabalho e estudos:

“Os jovens precisam se aprimorar e avançar nos estudos para conseguir melhores oportunidades. As empresas devem acolher essa força de trabalho, que pode resultar em excelentes colaboradores se bem desenvolvida.”

Karina enfatiza que muitos jovens abandonam os estudos ao enfrentar dificuldades, principalmente aqueles que precisam trabalhar para ajudar no sustento da família. É fundamental que as empresas tenham um olhar mais atento para essa questão.

 

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