7.500 passos por dia? Isso ajuda no controle da asma!
Um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Londrina (UEL), revelou que dar pelo menos 7.500 passos por dia pode ajudar a controlar os sintomas da asma em adultos, especialmente os que enfrentam formas moderadas ou severas da doença. A pesquisa, publicada na revista The Journal of Allergy and Clinical Immunology, teve como foco mais de 400 indivíduos e promete transformar a abordagem clínica na assistência a pacientes asmáticos.
De acordo com Celso Carvalho, fisioterapeuta e orientador da pesquisa, “os resultados são tão impactantes que a Academia Americana de Asma, Alergia e Imunologia reconheceu que esse estudo possui o potencial de mudar práticas clínicas”, indicando que os profissionais de saúde agora podem sugerir caminhadas como um método complementar ao tratamento com medicação. O estudo não só confirma como a atividade física pode beneficiar asmáticos, mas também estabelece uma quantidade específica de passos — cerca de 4 km ou 30 minutos diários — para maximizar esses benefícios.
Ainda que já existissem diretrizes internacionais recomendando caminhadas para todos, o diferencial deste estudo brasileiro foi quantificar a atividade física necessária para melhorar o controle da asma. Carvalho enfatiza:
“Essa é uma medida complementar ao tratamento medicamentoso, que deve ser mantido”.
Pesquisa intensa
Para realizar a pesquisa, foram acompanhados 426 indivíduos com asma moderada ou severa. Os participantes usaram acelerômetros para monitorar seus passos e responderam a um questionário sobre seus sintomas, como qualidade do sono e falta de ar. A análise dos dados revelou que aqueles que se mantinham ativos tinham menos registros de sintomas associados à asma.
O pneumologista Marcelo Rabahi, do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca a relevância da pesquisa no contexto brasileiro, onde se estima que a asma afete cerca de 10% da população, causando em média 2.500 mortes anuais, particularmente entre os mais velhos. Ele reforça a importância de dados concretos sobre como a atividade física pode auxiliar no controle da doença e observa que estabelecer uma meta de passos oferece um direcionamento claro para os pacientes.
Com esses achados, o próximo passo para os pesquisadores é descobrir como incentivar pacientes asmáticos a adotarem uma rotina de exercícios, mostrando o impacto positivo disso em seu dia a dia. Assim, a caminhada se revela não apenas um simples ato, mas uma potente aliada no combate à asma.
Foto Divulgação
Fonte: Agência Einstein
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