Biocombustível é vilão das cozinhas e o óleo usado pode ser o mocinho, entenda.

O que combustíveis renováveis tem a ver com o seu óleo de cozinha ou o preço deles? Tudo. A produção de biodiesel está impactando o preço do óleo vegetal em todo mundo por utilizar óleos de diversas matrizes.

No Brasil, o óleo de soja é o mais abundante, enquanto outros países se valem do óleo de palma e de girassol. No mês de março, por exemplo, estes óleos vegetais subiram 8% em relação ao mês anterior, segundo o Índice de Preços dos Alimentos da FAO, sigla para Food and Agriculture Organization da ONU para a agricultura e alimentação.

Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos, explica que o caminho mais lógico seria destinar óleo usado e reciclado para a produção de combustível por dois motivos: retiraria de circulação óleo que não tem mais valor culinário e evitaria que óleos recém-produzidos sigam para as refinarias, encarecendo o produto: “Como tudo que compõe o biodiesel acompanha valores internacionais de matéria-prima, como derivados de petróleo, o impacto é sentido no mercado consumidor de óleo em supermercados”.

 

Quantidade ainda é pequena


Vitor lembra que apenas 1,2% do óleo usado é utilizado na criação do biodiesel no Brasil e, para aumentar esse percentual, o óleo suado pode ser uma alternativa viável. Na prática, reciclar óleo vegetal contribui com a redução dos custos com matéria-prima e evita que óleo usado cause estragos no meio-ambiente:

“A indústria terá uma fonte praticamente inesgotável de óleo que seria descartado, evitando a compra de óleo novo. As duas cadeias produtivas seriam beneficiadas tanto no preço quanto na parte ecológica” finaliza o Dalcin.

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