Terceirização: economia não está em diminuição de salários
A terceirização, que deu seus primeiros passos na década de 70 e se consolidou nos anos 90, é uma prática capaz de reduzir os custos em uma linha de produção sem afetar a qualidade ou direitos dos trabalhadores, ocorre que no Brasil, ao contrário de outros países do mundo, ainda não é totalmente disseminado:
“Terceirizar algumas atividades e processos é um investimento que vai, tão logo seja aplicado e em operação, causar menos desperdício de produtos e trazer menos custo com rescisões, trocas de funcionários, substituição nas férias e faltas.” explica Renato Pádua, gerente comercial da CWBem.
Uma restrição, mencionada por alguns trabalhadores, está relacionada com os salários. Na Europa e nos Estados Unidos, a terceirização é impulsionada pela busca de eficiência operacional com salários mais baixos. Estes países também possuem regulamentações mais flexíveis em relação ao trabalho terceirizado, facilitando a adoção dessa prática. Por outro lado, no Brasil, não há o risco desse tipo de precarização dos salários, pois nossa legislação trabalhista, historicamente mais rígida, mantém todos os direitos dos trabalhadores, não importando se são terceirizados ou não.
O especialista lembra que, na terceirização, a empresa não precisa parar sua produção quando colaboradores faltaram ou estão ausentes – e, é aí que está a verdadeira economia. O tempo que levaria para procurar e contratar novos colaboradores sem terceirização seria de ociosidade ou redução na produção. Com menos produtos, menos vendas e atrasos na entrega.
“O tema do passivo trabalhista também é reduzido drasticamente. A terceirizada trabalha com previsibilidade muito maior de custos fixos mensais mediante contratos. Só o fato da empresa não precisar lidar com esses afazeres já justifica a contratação da terceirizada para a gestão financeira” finaliza Pádua.
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