Entenda por que óleo usado, embalagem de pizza e outros poluentes contaminam recicláveis

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A expressão popular “água e óleo não se misturam” é verdadeira para o descarte dos materiais recicláveis também. As boas práticas sobre separação correta de resíduos recomendam que ao separar os resíduos, o óleo vegetal não pode entrar em contato.

“Cada tipo de lixo precisa ser separado adequadamente; por isso, há recipientes próprios para plástico, metal e orgânico separados por cores. Um dos resíduos que merece atenção especial quando se trata de recicláveis é o óleo usado de cozinha, altamente nocivo ao meio ambiente e que também é um vilão para outros descartes, como papelão.” explica Vitor Dalcin, diretor da Ambiental Santos.

Materiais recicláveis

O papelão, quando entra em contato com óleo, não pode ser reciclado. O óleo pode se solidificar no papelão, impossibilitando a separação das fibras. Papelão contaminado com óleo usado pode contaminar outras fibras de papel durante o processo de reciclagem e o problema só se agrava.

“Por menor que seja, aquele restinho de óleo ou azeite de oliva que fica na garrafa jogada no lixo reciclado pode vazar e vai sujar outros materiais recicláveis. O poder de estragar qualquer papel para reciclagem das gorduras é tão grande que até mesmo embalagens de lanches engordurados, como hambúrguer de delivery, baldes de frango frito e caixas de pizza, também contaminam outros papéis”.

O ideal é separar este tipo de embalagem de outras que podem ser usadas na reciclagem. Todo volume de água e de produtos químicos utilizados para tentar salvar os papéis será muito maior, não valendo o esforço.

Outros materiais que contaminam

Não é apenas o óleo que inutiliza a reciclagem de papéis e papelão. O chamado lixo eletrônico também deve ser descartado em separado, assim como medicamentos vencidos. As substâncias tóxicas destes remédios fora da validade, ou que podem vazar dos componentes eletrônicos, contaminam da mesma forma que o óleo vegetal:

“Existem pontos de coleta de óleo vegetal espalhados estrategicamente pelas cidades, como nas escolas. No caso de medicamentos, basta levar até uma farmácia para destinar corretamente e o lixo eletrônico pode ser agendado por empresas especializadas ou mesmo com a prefeitura local, que geralmente possuem programas de recolhimento destes equipamentos antigos.” explica Vitor.

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