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Esteja alerta: leptospirose é comum em situações de enchentes

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Com o excesso de chuvas e a ocorrência de alagamentos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba orienta a população a ficar atenta aos sintomas da leptospirose. A doença é transmitida por uma bactéria presente na urina dos ratos, sendo que o risco de contaminação aumenta quando há enchentes ou alagamentos.

“Ao ficar em contato com a água ou lama contaminada, a bactéria penetra no corpo pela pele, principalmente por ferimentos ou arranhões, ou ainda pela boca ou olhos”, alerta o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.

Segundo ele, também é possível a transmissão da doença ao ingerir água contaminada ou ter contato com sangue de animais infectados, porém são formas de contágio mais raras.

A leptospirose é uma doença grave, com alto risco de contaminação e que pode causar danos renais e hepáticos e até levar a morte se não for tratada a tempo. É considerada uma doença de alta letalidade. O diferencial para o tratamento e a cura é o diagnóstico precoce.

Sinais de alerta

Os primeiros sinais da doença podem ser confundidos com uma gripe. É comum a pessoa infectada ter febre, dor de cabeça e dores musculares. Com o avanço da doença, a leptospirose pode causar a icterícia (pele amarelada).

Ao identificar esses sintomas, após contato com água de enchentes, a orientação é buscar atendimento em um serviço de saúde o mais rápido possível. Quanto antes for feito o diagnóstico correto da doença, maiores são as chances de recuperação.

Se houver sintomas leves, o primeiro atendimento pode ser feito pela Central Saúde Já, pelo telefone 3350-9000. O profissional de saúde fará a classificação de risco e, se necessário, poderá ser realizada uma videoconsulta pelo aplicativo Saúde Já Curitiba.

“Durante o atendimento é muito importante informar ao profissional a possibilidade de contato com água contaminada, assim poderão ser solicitados os exames para o diagnóstico correto”, explica Oliveira.

Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico, o profissional irá avaliar os sintomas e a possível ocorrência de contato com água contaminada e então poderá solicitar um exame de sangue.

Os casos leves podem ser tratados em casa, com uso dos medicamentos adequados prescritos pelo médico. Já nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, para evitar complicações. O tratamento é indicado em qualquer fase da doença, mas quanto antes, maiores as chances de recuperação completa.

Números

Em levantamento da série histórica da leptospirose em Curitiba, o Centro de Epidemiologia da SMS revela que nos últimos anos, em média 7% dos casos evoluíram para óbitos. Em 2019, foram confirmados 97 casos da doença e oito mortes. Em 2020, 53 casos e seis óbitos; 2021, 45 casos e 3 óbitos; 2022, 107 casos e seis óbitos.

Neste ano de 2023, com dados disponíveis até 17 de outubro, Curitiba registra 69 casos confirmados de leptospirose, sendo que quatro evoluíram para óbito.

Veja como se prevenir da contaminação da leptospirose

  • Ao circular por áreas que foram atingidas pelas chuvas e na limpeza das residências use luvas e calçados bem fechados e impermeáveis, preferencialmente botas longas e de borracha (pode-se até improvisar, cobrindo pés e pernas com sacos plásticos);
  • Inutilize todos os alimentos que tiveram contato com a água das chuvas;
  • Não leve a mão molhada à boca ou aos olhos, evitando que a bactéria penetre por lesões existentes na pele ou nas mucosas;
  • Lave bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas;
  • Mantenha as caixas d’água sempre tampadas;
  • Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados e à prova de roedores (em latas de vidro, alumínio);
  • Retire as sobras de comida ou ração de animais domésticos antes do anoitecer e mantenha limpas as vasilhas;
  • Não consuma frutas, verduras e legumes estragados ou com qualquer alteração de cor e aqueles que entraram em contato com a água de enchente; nem alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (úmido, mofado, murcho);
  • Não use, para atividades domésticas, água que teve contato com a água de enchentes;
  • Após as águas baixarem, a limpeza da lama residual das enchentes deve ser feita com o preparo de uma solução de água sanitária (hipoclorito de sódio) e água. Use 250 ml (1 copo) de água sanitária para 25 litros de água;
  • Procure atendimento médico caso apareçam sintomas nos 30 dias seguintes ao contato. Informe ao médico caso tenha tido contato com água e lama provenientes de enchentes.
  • Caso tenha sintomas leves, ligue para a Central Saúde Já Curitiba – 3350-9000 para uma consulta por telefone ou vídeo.

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