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Em novembro, a Black Friday antecipa o período de compras do final de ano, rivalizando com o Natal. E o termo “rivalizar” não é gratuito: os dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) do ano passado mostraram que a data movimentou mais de R$ 6 bilhões no e-commerce brasileiro, responsável por 53% do que é vendido na América Latina.
Mas quem espera repetir o desempenho de vendas do ano passado precisa ficar atento com a acessibilidade de seu e-commerce.
Boby Vendramin, Diretor de Marketing e Mídia LATAM da Purple Lens, lembra que a população brasileira está envelhecendo e que as pessoas vão perdendo certas funções motoras e visuais com o passar dos anos e as plataformas precisam, rapidamente, encontrar maneiras de transformar seus sites em espaços acessíveis para todos:
“Quem comprou no ano passado pode desistir neste ano por não conseguir interagir com a página por alguma perda visual, por exemplo. O envelhecimento afeta a acessibilidade para realizar atividades cotidianas em sites, incluindo compras online. E-commerce ou marketplace sem acessibilidade perderão vendas, muito provavelmente para o concorrente que estiver preparado”.
Quantos sites precisam melhorar a acessibilidade no Brasil?
Na análise do especialista, quase todos. O principal indicador de que os sites falham em atender quem possui alguma deficiência está no Movimento Web para Todos, cujo estudo mostrou que 0,46% dos mais de 21 milhões de sites ativos no Brasil em 2022 estavam acessíveis para pessoas com algum tipo de deficiência que atrapalhe a compra. Ao filtrar esses dados em páginas 100% e-commerce, esse índice cai para 0,06%:
“O mais frustrante é que os sites vão perder vendas, sendo que a solução é simples e rápida. Vendas são perdidas quando as informações são impossíveis de serem compreendidas para alguém com deficiência”.
Uma solução de mercado para falta de acessibilidade é um plugin chamado israelense chamado Purple Lens. Ele faz uma varredura completa no site e arruma problema como textos muito pequenos ou inacessíveis a leitores de tela, imagens sem descrição alternativa, botões de compra e formulários difíceis de usar e páginas com navegação confusa e desorganizada.
O que diz o Código de Defesa do Consumidor (CDC)
A criação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) contempla a proteção de pessoas com deficiência e uma das atribuições é a obrigação do estabelecimento oferecer uma experiência de compra acessível para esse público, incluindo no mundo virtual. Mais ainda: a própria Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) estabelece diretrizes para a acessibilidade digital:
“As organizações podem ser processadas por não estarem conforme a legislação e isso pode ser evitado, pior do que perder uma venda é ganhar uma multa” enfatiza Boby.