Cursos de micropigmentação devem orientar sobre higienização

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Um dos maiores problemas da maioria dos cursos de formação de profissionais em micropigmentação está na ausência de informações sobre higienização e cuidados para evitar contaminação durante os procedimentos. Quem planeja trabalhar com micropigmentação precisa ficar atento. O procedimento estético acontece através da aplicação de pigmentos na pele com objetivo de melhorar a aparência de sobrancelhas, olhos e até mesmo no contorno dos lábios, no entanto, a questão da higiene muitas vezes acaba sendo negligenciada.

“O volume de novos profissionais que chega ao mercado é enorme, mas nem todos saem de seus cursos com este aprendizado. Para um profissional ser considerado qualificado é necessário que ele entenda como manter seu ambiente de trabalho limpo, esterilizado e adequado para minimizar riscos de contaminação” explica Ezequiel Criminacio, diretor-geral da Haut Medical.

Carol Lorencetti, especialista em micropigmentação da Haut, afirma que é necessário ter muito cuidado com o descarte correto da agulha, do batoque, das luvas, do algodão e outro materiais descartáveis:

“O problema maior vem dos materiais e superfícies não descartáveis que geralmente são responsáveis pela contaminação cruzada, isto é, quando um micro-organismo passa de um hospedeiro para a superfície, e da superfície para outro hospedeiro”.

Carol explica que o ideal é que o micropigmentador, durante o procedimento, aprenda a não tocar em superfícies que possam estar contaminadas como telas de celular, puxadores de gavetas e tampa de produtos com luvas contaminadas. Caso isso ocorra, o correto é a higienização com solução de clorexidina ou álcool 70%, assim como toda superfície que teve contato com material biológico – incluindo a cabeceira da maca.

Atenção com as agulhas
Angela Graciano, especialista em micropigmentação da Haut, diz que quando um profissional pega a agulha para iniciar o procedimento de higienização, muitos clientes têm uma reação de espanto e parece que só nesse momento se dão conta da seriedade envolvida nesse procedimento:

“Além de toda biossegurança envolvida com o local e o profissional, é importante alinhar as expectativas e explicar o que está sendo feito para as clientes que se sentem mais tranquilas por visualizar que está sendo usado material totalmente estéril e descartável”.

Higiene pessoal
Para Carol Lorencetti, o ato de lavar as mãos, antes e após o atendimento ao cliente, deveria ser um hábito corrente dos profissionais de micropigmentação em nossos dias. O uso de luvas não dispensa o ato de lavar as mãos, antes e após qualquer procedimento e o álcool 70% é um processo complementar à lavagem das mãos.

Hábitos de higiene pessoal como jalecos e roupas limpas, unhas aparadas, cabelos sempre presos e protegidos e uso de E.P.I.s como máscaras descartáveis em cada procedimento devem ser adotados diariamente: “Quem está aprendendo a profissão precisa ficar atento com esses detalhes e procurar cursos responsáveis que realmente se preocupam em explicar estas medidas” completa.

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