A Fundação de Ação Social (FAS) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) firmarão um termo de cooperação para pesquisar a transmissão de doenças por animais domésticos para a população em vulnerabilidade social.
O projeto foi apresentado à presidente de FAS, Larissa Tissot, nesta segunda-feira (30), pelo professor do Departamento de Medicina Veterinária da UFPR, Alexandre Biondo, e pela médica veterinária Mara Gravinatti, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da universidade. A vereadora Katia Dittirich, defensora dos animais de rua, participou da reunião.
O projeto, desenvolvido por Mara para o curso de Mestrado, prevê a coleta de amostras de sangue das pessoas que vivem em situação de rua, como moradores e coletores de materiais recicláveis, e seus cães e gatos. A ideia é que, a partir da análise das amostras, sejam identificados os principais fatores associados à infecção e verificada a necessidade de ações de educação e prevenção.
“É um projeto importante que pode qualificar o atendimento e ajudar a FAS no trabalho de resgate das pessoas em situação de rua”, disse Larissa.
Projeto
Nesta primeira fase, a FAS selecionará as unidades de assistência social que fazem atendimento às pessoas em situação de rua, como os Centros POP e casas de acolhimento, para que a universidade identifique e faça o mapeamento da população de rua e seus animais.
A partir disso, a meta é fazer a ficha epidemiológica durante as coletas, com informações sobre a raça, sexo, presença de carrapatos e sobre o controle dos parasitas.
De acordo com o Biondo, que é orientador do projeto, a partir disso, será possível aconselhar os proprietários dos animais e dos profissionais envolvidos, sobre o risco de infecção e das principais medidas que podem ser adotadas para se prevenir doenças.
O projeto, que será custeado pela UFPR, também prevê a realização de vacinação, desverminação e até procedimentos cirúrgicos de esterilização dos animais, caso haja consentimento dos proprietários.
Fonte: Prefeitura de Curitiba