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Richa diz que vai dar uma resposta à sociedade sobre o caso Tayná

tayna crime colomboO governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse, na manhã desta sexta-feira (13), que todos os indícios e suspeitos do caso da adolescente Tayná Adriane da Silva, morta em junho deste ano, “serão apurados com rigor”. Após ser informado pela imprensa que o delegado preso, Silvan Pereira, foi intimado pela Justiça para fornecer material genético para confrontar com o sêmen encontrado no corpo da menina, Richa destacou que vai dar uma resposta à sociedade. “Somos intolerantes com esse tipo de situação e o governo não admite qualquer tipo de desvio de conduta”.

A intimação expedida na quarta-feira (11) estipulava o prazo de 24 horas para que Silvan informasse se iria ou não fornecer o material genético. O prazo final é até as 18h. Até a manhã desta sexta-feira, Silvan ainda não tinha fornecido o material.

Contudo, o advogado dele, Claudio Dalledone Júnior, informou que o cliente vai se submeter ao exame até o final da tarde, mas quer que a análise do DNA seja acompanhada por um perito que esteja fora dos quadros do Instituto de Criminalística. Além do delegado, outros dez policiais civis também foram intimados pela Justiça para a realização dos exames.

“Não conhecia a jovem, nunca viu essa menina. Ele tem a confiança integral da família e tem, principalmente, a tranquilidade do inocente”, afirma o advogado, que considera ainda que o Instituto Médico-Legal e o Instituto de Criminalística não são confiáveis neste caso.

Entenda o caso
Tayná foi encontrada morta em junho deste ano em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Silvan e outras 13 pessoas são acusadas de terem torturado quatro homens que foram presos por suspeita de terem matado a menina. Em depoimento, eles chegaram a confirmar, mas foram soltos por falta de provas e postos no programa de proteção a testemunhas em virtude das denúncias de tortura.
O delegado preso era responsável pela Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo e foi o primeiro responsável por investigar a morte de Tayná. Dias depois da prisão dos quatro suspeitos, ele chegou a considerar o caso como encerrado.
As reviravoltas após a denúncia de tortura, porém, causaram mudanças nos rumos da investigação. Atualmente, o caso está nas mãos do quarto delegado e ainda não se sabe quem matou a menina.
No dia 5 de setembro, o Conselho Nacional do Ministério Público encaminhou um ofício ao Ministério Público do Paraná, pedindo que o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) acompanhe as investigações do caso. Na avaliação do Gaeco, o órgão poderia iniciar uma investigação paralela à que tem sido conduzida pela Polícia Civil.

Exumação
No dia 28 de agosto, o corpo da adolescente foi exumado para, segundo o MP, esclarecer duas questões – se a garota foi vítima de violência física quando ainda estava viva e se, no corpo dela, não havia indícios de que ela teria sido estuprada.
Como o processo corre em segredo de justiça, os promotores não falaram sobre a exumação, que foi acompanhada por dois promotores, dois técnicos do Instituto Médico-Legal (IML) e um médico legista. Porém, o promotor do MP responsável pelo caso, Paulo de Lima, que participou do procedimento, explicou como o exame pode colaborar com as investigações.
“A perícia realizada no corpo de Tayná foi muito bem feita. Agora o fato é que, com as investigações, novos elementos surgiram, o que necessitou que nós fizéssemos o procedimento de exumação, que foi focado principalmente no aspecto de se buscar lesões físicas acontecidas em vida e, também, nós tratamos da questão da violência sexual ter ocorrido ou não”.
“Seria prematuro dizer, mas eu acredito que [no crime] é muito mais sensível o sinal do homicídio do que da violência sexual, mas não está descartado, de modo algum, que tenha ocorrido a violência”, afirmou o promotor. Ele ainda disse que podem existir outros indícios de culpa dos quatro homens suspeitos que foram presos e, depois, soltos. “De certa forma sim”, alegou quando questionado sobre mais indícios de culpabilidade dos quatro rapazes que trabalhavam no parque de diversões de Colombo. O corpo da menina foi encontrado em frente ao parque de diversões por moradores do município.

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Fonte: G1PR

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