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Com pedido de liberdade negado, Gaievski aguarda nova decisão do TJ

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Ao chegar em Curitiba, Gaievski negou as acusações de assédio sexual e estupro (Foto: Luiza Vaz/RPC TV)

Os advogados do ex-assessor especial da Casa Civil do governo federal, Eduardo André Gaievski, aguardam para os próximos dias a decisão do mérito do pedido de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na segunda-feira (2). Rodrigo Biezus e Rafael Antônio Seben estão em Curitiba, e disseram que definirão os próximos passos da defesa na tarde desta terça-feira (3). Gaievski está preso desde sábado (31) em um local sigiloso. Ele responde, entre outros crimes, por estupro de vulneráveis e assédio sexual praticados enquanto ainda era prefeito de Realeza, no sudoeste do Paraná.

No pedido de liberdade apresentado na quinta-feira (26), dois dias antes de o ex-assessor ser preso pela Polícia Civil na casa de um familiar em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, os advogados apontam que “as retaliações” que o ex-prefeito vem sofrendo são motivadas por desavenças entre uma promotora e conselheiros tutelares de Realeza – “reconhecidos desafetos” de Gaievski – que os denunciou por irregularidades no uso do veículo do órgão.

Os dois citam ainda que uma das supostas vítimas teria sido instruída pela procuradora sobre o que deveriam falar para incriminar o ex-prefeito, o que “maculou todo o processo probatório”. Gaievski é suspeito de pagar por encontros com adolescentes de 13 e 14 anos e em alguns casos trocá-los por empregos na prefeitura. Ele esteve à frente do Executivo Municipal por oito anos, entre 2005 e 2012, até ser convidado pela ministra Gleisi Hoffmann para assumir o cargo de assessor especial da Casa Civil.
No pedido de habeas corpus, os advogados haviam solicitado ao TJ-PR que a prisão fosse revogada ou convertida em prisão domiciliar, levando em conta que Gaievski é réu primário, “membro titular da Casa Civil da Presidência da República” e que “não há nada que desabone sua conduta”. Diante da “gravidade das acusações”, no entanto, e de acreditar que as investigações trazem “indícios suficientes” de que o ex-prefeito tenha cometido os crimes dos quais é acusado, o desembargador Luiz Carlos Gabardo decidiu mantê-lo preso.
Afastado
No sábado (31), a ministra-chefe Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou, por meio de nota oficial, que lamenta profundamente a situação. “Tenho uma história de vida, não só política, em defesa da mulher e seus direitos, mas também de crianças e adolescentes. As acusações imputadas a Eduardo Gaievski são da mais alta gravidade e têm que ser apuradas levando-se às últimas consequências. Jamais compactuei ou compactuarei com crimes, ignorando-os ou acobertando-os”.
Ainda conforme a nota, para fazer a contratação, a Casa Civil levou em consideração a avaliação que o ex-assessor teve no período em que ficou à frente da Prefeitura de Realeza e, antes da nomeação, um levantamento feito não indicou as acusações que atualmente Gaievski responde, e que nega. Ele foi afastado do cargo.
Assim que as denúncias foram levadas a público, o Partido dos Trabalhadores (PT) também decidiu suspendê-lo até a conclusão das investigações.

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Fonte: G1PR

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