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Caso Tayná: Suspeitos prestam novos depoimentos

taynaE segue a novela do caso da adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em Colombo,- agora, com o advogado dos quatro presos acusados da morte da menina, Roberto Rolim de Moura Junior, destituído após alguns desencontros e algumas confusões no último sábado, dia 13 de julho. O advogado conta que acompanhou os depoimentos dos presos na quarta-feira, dia dez de julho, pela Ordem dos Advogados do Brasil, na sexta-feira pela parte da manhã na Corregedoria da Polícia Civil, na sexta-feira pela tarde com os médicos do Instituto Médico Legal, e finalmente na sexta-feira pela  noite, até as 3h de sábado, dessa vez lá no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco.

Desencontros
Já no sábado, o advogado relata que só foi avisado que os presos seriam ouvidos novamente dez minutos antes do horário marcado. Ele foi até Araucária, pensando que a oitiva seria na Casa de Custódia, porém foi informado que os depoimentos eram tomados na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Chegando lá, descobriu que, na verdade, os presos estavam na Secretaria de Segurança Pública.

Nas palavras do advogado, os presos já estavam sendo ouvidos há bastante tempo quando ele chegou. “Eu fiz contato com a OAB e pedi que fosse anulada a parte que foi ouvida sem a minha presença, e que tudo começasse novamente. O Dr. Rafael Viana ficou fora de si”, conta. A oitiva então recomeçou, e quando Adriano Batista era ouvido, ele orientou o cliente a se manter em silêncio, porque poderia apenas se manifestar em juízo. Ele garante que os policiais se irritaram e sugeriram a Adriano que soltariam ele caso ele destituísse o advogado.

“Eles me mandaram sair da sala. Quando eu tentei falar com os outros presos, eles abaixaram a cabeça e começaram a chorar. Em pouco tempo já disseram que eu não podia mais falar com eles e mandaram nove policiais me escoltarem para fora do prédio”, afirma.

Delegado nega as acusações
O delegado Rafael Vianna disse que de forma alguma isso aconteceu. “As medidas usadas foram legais e dentro da ética e moralidade da minha parte. Tudo está filmado e sobre tudo o que este advogado falar sobre minha atuação, irá responder judicialmente”, ressalta.Ele e o delegado Guilherme Rangel, responsáveis pela investigação do caso Tayná, lembraram também que todos os procedimentos são acompanhados por representantes da OAB e do Ministério Público, para ter o máximo possível de transparência.

Rangel apontou que, para ele, o comportamento do advogado foi muito estranho, pois ele não queria nem que os presos falassem que eram inocentes, nem nada.  Mais detalhes sobre a investigação não foram dados, pois ops delegados alegaram que o caso corre em segredo de Justiça. Para Roberto, a Polícia Civil aparentava estar com pressa de encerrar o caso. A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos nacional da OAB, a advogada Isabel Kugler Mendes, também tem a mesma opinião.

Punição
O Governo do Estado informou hoje que todos os suspeitos de cometer tortura contra os quatro homens presos neste caso da Tayná serão punidos sem exceção.  A apuração deste caso promete ser rigorosa, com acompanhamento do Ministério Público e da OAB. A expectativa é de que todos os envolvidos, direta ou indiretamente, nesta prática de tortura sejam punidos e a prisão dos que já tem identificado como responsáveis já está decretada.

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  Com informações do O Estado do Paraná

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