Embora o Portal da Copa (do governo federal) tenha apresentado outros números ontem, a reportagem da Gazeta do Povo apurou junto as seis sedes com edificações em fase de construção o número atualizado dos trabalhos. E nas duas contas, a casa do Furacão só bate o palco amazonense.
O prazo estabelecido pela Fifa para a entrega dos estádios vence em dezembro e, para não invadir o ano do Mundial, os retardatários terão de cumprir um cronograma rígido – algo não feito até agora.
Para tudo estar em ordem na data estipulada, a remodelação do novo lar rubro-negro terá de evoluir 3,6% até o fim de julho para, a partir de agosto, crescer em média 5%. Na parcial anterior, divulgada no dia 7 de junho, o processo batia em 68,3%. Dessa maneira, em pouco mais de um mês, prosperou 3,1%.
Durante reunião para a elaboração do 5.º Balanço das Ações do Governo Brasileiro para o evento, na última quinta-feira, em Brasília, representantes do governo federal consideraram lenta a progressão da Arena. No encontro, Carlos Arcos, arquiteto do Furacão, anunciou que o ritmo será acelerado.
“A obra da Baixada vai evoluir de 5% a 8% ao mês daqui para frente. Terá uma alteração muito grande, com a demolição dos prédios do Exército. Vão ser em torno de 800 funcionários trabalhando na construção [hoje são 585]”, promete Mario Celso Cunha, secretário estadual da Copa.
Enquanto isso, Atlético e representantes do poder público buscam ajustar os acertos para o término da praça esportiva. Na segunda-feira, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR) emitiu relatório contestando o processo – considera frágil as garantias oferecidas pelo clube.
Nas outras duas sedes que lutam contra o cronograma apertado o otimismo também se faz presente. Mesmo na condição de estádio com menor porcentual de conclusão (65,9%), a promessa é de que a Arena da Amazônia será inaugurada antes da virada do ano.
“O prazo está mantido. Creio que perto do Natal tudo estará pronto”, prevê Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa) em Manaus. No momento, a sede amazonense está preparando a estrutura metálica para a instalação da cobertura.
“O conceito de mais atrasado ou adiantado é relativo. Não estamos competindo com as outras sedes para ver quem entrega antes. Nosso cronograma está andando normalmente”, complementa.
Em Porto Alegre, também existe a confiança no novo Beira-Rio. “O prazo será cumprido”, resume Diana Oliveira, segunda vice-presidente do Colorado. Atualmente, estão sendo colocadas a cobertura e as primeiras cadeiras no estádio do Internacional.
Fonte e foto: Gazeta do Povo