Jornal do Povo Paraná

Infarto mata mais homens do que mulheres no Paraná

medicoDados preliminares de 2012 mostram que, no Paraná, o número de mortes por infarto agudo do miocárdio foi 38% maior entre homens do que em mulheres. O índice pode estar ligado a questões fisiológicas e condições de vida do sexo masculino e revela que os homens devem ficar mais atentos a fatores de risco, como obesidade, alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e outras condições crônicas.

Segundo o médico cardiologista da Secretaria estadual da Saúde, André Ribeiro Langowiski, essa diferença no índice de mortalidade entre homens e mulheres é mais acentuada antes da fase de menopausa da mulher e praticamente se iguala após esse período.

As doenças cardiovasculares, também chamadas de doenças do coração, são a primeira causa de morte no Estado. Além do infarto, o acidente vascular cerebral (AVC) também é responsável por grande parte dos óbitos. No Paraná, somente em 2012, foram 4.750 mortes por infarto e 6.157 por AVC.

O principal problema que pode levar ao infarto e ao AVC é a hipertensão arterial, doença crônica que atinge quase metade dos idosos e que necessita de acompanhamento constante para ser controlada. Estima-se que apenas 10% das pessoas que têm hipertensão fazem o controle adequado da doença, o que contribui para que eles tenham uma vida normal.

De acordo com Langowiski, o tratamento da hipertensão arterial demanda uma mudança de hábitos no dia-a-dia do paciente e é essencial que o diagnóstico da doença seja precoce. “A hipertensão é fácil de ser diagnosticada, o problema é chegar no paciente, principalmente nos homens que não têm a cultura de prevenção e de buscar os serviços de saúde para realizar um check-up”, explicou.

Uma das soluções para melhorar o diagnóstico e o tratamento da hipertensão arterial é o fortalecimento da atenção primária, ou seja, do trabalho de acompanhamento realizado pelas equipes de saúde da família e unidades básicas de saúde.

Fonte: SESA/PR

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