Jornal do Povo Paraná

Prefeitura de Curitiba assume atraso nas obras da Copa do Mundo

obrasA prefeitura de Curitiba assumiu nesta terça-feira (26), durante uma reunião com vereadores que fazem parte da Comissão da Copa de 2014, que todas as obras de infraestrutura para o Mundial estão atrasadas. Os motivos são problemas nos contratos com empreiteiras, ajustes nos projetos e a necessidade de novas licitações. Apesar do atraso, a prefeitura garantiu que todas as obras estarão prontas até abril do ano que vem.

As obras previstas são na Linha Verde Sul, na rodoferroviária e nas Avenidas das Torres e Marechal Floriano Peixoto. Juntas vão custar R$ 358 milhões, sendo que a maior parte será financiada pelo Governo Federal.

A revitalização da Avenida Cândido de Abreu, que também deveria estar pronta para a Copa do Mundo pode nem sair do papel. O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Sérgio Póvoa Pires, anunciou que a obra vai ficar muito cara e que o projeto será cancelado.
“Será que a gente, se tivesse o dinheiro desta natureza, a gente ia fazer isso na nossa própria casa? Eu acho que 900 metros de extensão, na Cândido de Abreu, nós gastarmos R$ 25 milhões, dá para a gente pensar não uma, mas umas 20 vezes antes disso”.

Além do atraso, as obras ficaram mais caras. A placa que está na frente na frente da rodoferroviária, informando o custo de R$ 34 milhões para a obra, está desatualizada. Segundo a prefeitura, o valor será de, no mínimo, R$ 53 milhões. Em setembro de 2010, foram apresentados os sete projetos para a Copa de 2014. O custo seria de R$ 222 milhões. Agora, o orçamento passou para R$ 358 milhões. Este diferença será arcada pelo poder municipal e o montante já foi previsto na lei orçamentária. Pela previsão inicial, a prefeitura iria investir R$ 11 milhões, porém, este valor passou para R$ 147 milhões.

“É impossível na engenharia você avaliar o custo real, sem um projeto executivo. Por isso, houve esta grande diferença”, justificou Reginaldo Cordeiro, secretário extraordinário da Copa.

A maior variação foi verificada nas obras da Avenida das Torres, que inicialmente teria uma trincheira de concreto. Depois, com o projeto do viaduto estaiado, o valor a ser pago pela prefeitura subiu mais 2.000%.

Pelas regras do PAC da Copa, não podem ocorrer alterações nos projetos que já foram aprovados, nem que seja para deixar a obra mais simples e mais barata. É preciso construir tudo o que estava previsto e entregar o empreendimento até abril do próximo ano para que a prefeitura receba o repasse de dinheiro do Governo Federal.

Fonte: G1PR

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